Flores de Gelo: O império caído Capitulo 14 - Parte II
As sombras da árvore pulsavam como um coração vivo, cada batida enviando uma onda de energia sombria por todo o ambiente. Anya sentia o peso da opressão crescendo, mas algo dentro dela se recusava a ceder. Mesmo diante do olhar triunfante de Harya, sua mente buscava uma saída, uma fagulha de esperança.
— Você acha que pode dobrar a minha vontade, Harya? — Anya falou, sua voz tremendo de esforço, mas carregada de desafio. — Mas sabe o que é curioso? Quanto mais você tenta me destruir, mais forte eu fico.
Harya parou de circular ao redor da árvore e inclinou a cabeça, intrigada, mas sem perder o sorriso cruel.
— Forte? Você está literalmente presa. Não pode se mover, não pode lutar. Então me diga, de onde vem essa força que você afirma ter?
Anya respirou fundo, ignorando a dor que os galhos causavam ao apertá-la ainda mais.
— A força vem de quem eu sou. Das pessoas que lutam ao meu lado. Das coisas que amo e das que preciso proteger. — Ela ergueu o olhar, encarando Harya diretamente. — E isso é algo que você nunca vai entender.
Harya recuou alguns passos, rindo de maneira baixa e perigosa.
— Ah, você fala de amor e amizade como se fossem armas contra mim. Mas não percebe, Anya? Tudo isso é fraqueza. Suas conexões, seus sentimentos... só fazem de você um alvo mais fácil. Veja onde isso a trouxe.
Anya abriu um sorriso, apesar da dor, seus olhos azuis brilhando com uma luz que cortava a escuridão ao redor.
— Não, Harya. Isso é o que me torna mais forte. É o que você nunca terá.
Por um momento, o sorriso de Harya vacilou, mas ela rapidamente recuperou a compostura. Seus olhos brilharam intensamente, e com um movimento abrupto, ela estendeu as mãos em direção à árvore.
— Vamos testar sua força, então! — gritou Harya.
A árvore respondeu ao comando, os galhos se apertando ainda mais, fazendo Anya soltar um grito de dor. As raízes começaram a subir, envolvendo seus ombros e ameaçando cobrir completamente seu rosto.
Anya fechou os olhos, tentando concentrar-se em qualquer fragmento de magia que pudesse encontrar dentro de si. Era como procurar uma chama em meio a uma tempestade, mas então, uma voz suave ecoou em sua mente: "Você não está sozinha."
Os rostos de Heather, Crystal, Victórya, Kikyo e Klaus passaram por sua memória, cada um trazendo uma lembrança de força e companheirismo. Anya respirou fundo e sentiu algo despertar dentro dela.
— Não... vou... desistir! — ela gritou, e um lampejo de luz escapou de seu peito, rompendo brevemente a escuridão ao redor.
Harya deu um passo para trás, seu sorriso desaparecendo por completo.
— O quê? — ela murmurou, surpresa.
A luz cresceu, irradiando de Anya como um escudo, queimando as sombras da árvore que a prendiam. Os galhos começaram a recuar, resistindo, mas não podiam suportar o poder que emanava dela.
— Você não me controla, Harya! — gritou Anya, e com um último esforço, um feixe de luz explodiu de dentro dela, destruindo os galhos que a seguravam e libertando-a.
Anya caiu no chão de joelhos, ofegante, mas livre. A escuridão ao redor parecia hesitar, e Harya a observava com uma mistura de frustração e fascínio.
— Isso não acabou, Anya, — Harya disse, sua voz agora mais fria e ameaçadora. — Você pode escapar uma vez, mas a escuridão sempre encontra um caminho.
Antes que Anya pudesse responder, Harya desapareceu em meio a uma nuvem de sombras, deixando-a sozinha no coração daquele lugar. Anya se levantou lentamente, seus músculos ainda tremendo de esforço. Olhou ao redor, o vazio ainda parecia interminável, mas a luz dentro dela agora era mais forte.
A explosão da árvore foi como uma estrela desabando, espalhando fragmentos de sombra por todos os lados. No centro, envolta por uma intensa luz azul e verde, Anya surgiu, erguendo-se lentamente enquanto um vento furioso girava ao seu redor, dissipando os últimos vestígios das trevas.
Seus cabelos, antes longos e ondulados, agora eram completamente brancos, brilhando como a luz da lua, com as pontas tingidas de um azul profundo que parecia dançar como chamas. Seus olhos, antes azuis como o céu, adquiriram um tom esverdeado e intenso, emanando poder e determinação.
A roupa de Anya havia se transformado em um traje de feiticeira que parecia refletir o poder da natureza e dos elementos. Um vestido longo e elegante, em tons de azul e verde, ajustava-se perfeitamente ao corpo, marcado por detalhes em dourado que imitavam vinhas entrelaçadas. O tecido parecia vivo, fluindo como se feito de água e luz. Nas mangas, que se abriam como asas, o brilho do azul se misturava ao verde, criando a ilusão de que o vento as movia continuamente.
Um cinto fino, cravejado com pedras brilhantes que pareciam conter pequenas faíscas de magia, circundava sua cintura. O colarinho alto dava um ar de imponência, e na parte inferior do vestido, desenhos intrincados de galhos e estrelas reluziam em dourado.
Suas botas, altas e reforçadas, pareciam feitas de couro misturado com cristal, projetando força e elegância. Braceletes dourados adornavam seus pulsos, brilhando como pequenos sóis. Anya segurava um cajado de madeira polida, com uma ponta cristalina que brilhava intensamente, como um farol em meio à escuridão.
Anya sentiu a transformação pulsar dentro de si, como uma tempestade controlada. O poder era imenso, quase avassalador, mas ao mesmo tempo, era como se ela finalmente estivesse conectada com algo maior — algo que sempre esteve lá, esperando ser despertado.
Ela olhou para as próprias mãos, que agora brilhavam levemente, como se carregassem a força de um oceano e a vitalidade de uma floresta inteira.
— O que... é isso? — ela sussurrou, sua voz ecoando suavemente.
Uma risada amarga cortou o silêncio. Harya reapareceu em meio às sombras, seus olhos arregalados, divididos entre o choque e a fúria.
— Não pode ser... — Harya sibilou, dando um passo para trás. — Esse poder... não deveria ser seu!
Anya ergueu o olhar, firme e implacável.
— Você está errada, Harya. Esse poder sempre foi meu. Eu só precisei entender quem realmente sou para encontrá-lo.
Harya rosnou, as sombras ao seu redor fervendo em resposta à sua raiva.
— Não pense que isso muda alguma coisa, criança. Você pode estar mais forte, mas ainda não é páreo para mim!
Anya apertou o cajado com força, a ponta cristalina brilhando ainda mais.
— Vamos descobrir isso, não é?
A aura ao redor dela se intensificou, as cores dançando como ondas em um oceano sob a luz do sol. O ar ficou pesado com energia, e o chão ao redor de Anya começou a rachar enquanto sua magia crescia.
Harya avançou, lançando uma onda de sombras em sua direção, mas Anya girou o cajado com agilidade, criando um escudo de energia azul e verde que dissipou o ataque como se fosse poeira ao vento.
— Não importa o quanto você tente, Harya, — disse Anya, sua voz firme e ecoante. —
Eu não vou deixar você destruir o que eu amo.
Harya rugiu, preparando outro ataque, mas Anya já estava pronta. Ela cravou o cajado no chão, e uma onda de energia atravessou o campo, fazendo as sombras de Harya hesitarem e recuarem.
O confronto entre as duas agora era inevitável. Anya, em sua forma transformada, estava finalmente à altura do desafio, pronta para lutar pelo destino de todos que amava.
A batalha começou com um estrondo que reverberou por todo o campo sombrio. Harya foi a primeira a atacar, lançando uma onda de sombras que rugiu como uma tempestade, avançando em direção a Anya. Mas Anya estava preparada. Com um movimento fluido do cajado, ela conjurou uma barreira cristalina de água, que subiu como uma parede translúcida e se chocou contra as sombras, dissipando-as em uma explosão de vapor.
— Você acha que isso será suficiente para me deter? — Harya provocou, seus olhos brilhando em pura malícia.
Anya não respondeu com palavras. Ela girou o cajado no ar, invocando vinhas espinhosas que emergiram do chão, avançando com força em direção a Harya. As vinhas eram rápidas e precisas, tentando envolver a inimiga, mas Harya as cortou com garras de pura escuridão, que deixavam um rastro de energia pútrida no ar.
Harya avançou como um raio, movendo-se em alta velocidade. Ela surgiu ao lado de Anya em um instante, golpeando-a com uma explosão de sombras que a arremessou contra uma pedra. O impacto foi tão forte que rachou o solo, mas Anya não perdeu tempo. Ela se ergueu, o rosto marcado por determinação.
— Você não me derrubará tão fácil!
Anya invocou uma onda de água misturada com gelo, criando uma tempestade em espiral que avançou com força destrutiva. Os fragmentos afiados refletiam a luz sombria do lugar, cortando o ar com precisão. Harya, porém, não recuou. Ela ergueu os braços, conjurando uma barreira de sombras que absorveu parte do impacto, mas não conseguiu conter tudo. Alguns estilhaços atingiram seu ombro, rasgando sua capa, e o frio se espalhou como uma corrente gélida.
Harya rosnou, furiosa. — Você está aprendendo rápido... mas ainda está muito longe de me superar, garota!
Com um movimento brusco, Harya enviou pilares de trevas do chão, forçando Anya a se esquivar em movimentos ágeis. As sombras se erguiam como serpentes gigantes, tentando agarrá-la, mas ela saltava e contra-atacava com rajadas de água que cortavam o ar. Em um momento de precisão, ela usou seu domínio sobre a natureza: raízes gigantescas emergiram do solo, segurando os pilares sombrios e os esmagando.
A batalha era feroz, um verdadeiro espetáculo de poderes opostos. Anya girou seu cajado, invocando uma chuva torrencial que se condensou em lâminas de gelo caindo do céu. Harya, por sua vez, conjurou criaturas sombrias que saltaram das trevas, tentando alcançar Anya, mas ela as destruía com rajadas de água pressurizada.
— Isso é tudo o que tem? — Harya riu, mas sua respiração estava pesada, revelando o esforço que também fazia.
Anya aproveitou a brecha e conjurou um turbilhão ao redor de Harya, uma mistura de água e vento, prendendo-a como se estivesse dentro de uma tempestade viva. Por um momento, parecia que a vitória estava ao alcance.
Mas Harya gritou, liberando uma explosão de sombras tão poderosa que desfez o turbilhão e lançou Anya para trás. Ela caiu de joelhos, sua respiração ofegante, enquanto o olhar de Harya era puro triunfo.
— Você não entende, Anya. Meu poder vem das profundezas da escuridão. Você nunca poderá derrotar isso.
Harya avançou com tudo, conjurando uma lança de sombras, pronta para desferir o golpe final. Anya tentou se levantar, mas suas forças estavam quase no limite. Ela sentiu o desespero se instalar, percebendo que aquele poderia ser o fim.
No instante em que Harya ergueu a lança, pronta para atravessar Anya, uma bola de fogo gigantesca rasgou o ar e atingiu Harya, lançando-a para longe com um grito de fúria. Anya olhou, atônita, para a direção de onde o ataque veio.
Heather estava lá, com as mãos ainda brilhando com o fogo que acabara de conjurar. —
Achou que ia se livrar de nós tão fácil?
Crystal, Victórya e Klaus surgiram logo atrás, todos preparados para lutar. Crystal invocou uma onda de gelo que reforçou a posição de Anya, enquanto Victórya fez o chão tremer, criando barreiras de pedra ao redor para proteger o grupo.
— Estamos juntas, Anya. Agora vamos acabar com isso de uma vez por todas! — Victórya gritou, os olhos ardendo com determinação.
Anya sentiu uma onda de esperança renovada. Com suas amigas ao seu lado, a batalha estava longe de terminar. Juntas, elas se prepararam para o embate final, com Harya se erguendo das sombras, mais furiosa do que nunca.
Harya ergueu-se entre as sombras, sua fúria reverberando em um grito que parecia rachar o próprio ar. As trevas ao redor dela se contorciam, moldando-se em espadas e lanças que flutuavam prontas para atacar. Mas agora, Anya não estava mais sozinha, e a determinação brilhava no rosto de cada uma das meninas ao seu lado.
Heather, com um sorriso desafiador e uma chama viva dançando na palma de sua mão, lançou um olhar para Anya. — Menina, você está arrasando nesse visual novo. Esse cabelo branco com pontas azuis? Chique demais! Vamos dar um fim nessa bruxa em grande estilo, combinado?
Anya riu de leve, mesmo ofegante, e se colocou de pé, sentindo a força retornar. — Obrigada, Heather. Agora vamos mostrar a ela o que acontece quando mexe com o time errado.
Crystal foi a primeira a agir. Ela invocou um ciclone de gelo que avançou em espiral contra Harya, cobrindo o campo em uma camada de neve e gelo escorregadio. As sombras de Harya se condensaram para bloquear o ataque, mas Victórya já estava no encalço, golpeando o chão com força. Rochas imensas saíram da terra, atravessando o gelo e explodindo contra a barreira sombria de Harya.
— Vocês são insistentes, mas nunca entenderam o verdadeiro poder da escuridão! — Harya gritou, estendendo as mãos e liberando um enxame de criaturas sombrias que se lançaram contra as meninas.
Heather reagiu imediatamente, conjurando uma muralha de fogo viva. As chamas dançavam como feras, consumindo as sombras que ousavam atravessar. O calor iluminou o rosto de Heather, que parecia se deleitar com o caos controlado que criava.
— Essas criaturas são fofas, mas eu prefiro derretê-las! — Heather brincou, lançando esferas de fogo que explodiam ao impacto.
Enquanto isso, Anya e Klaus estavam lado a lado. Anya invocou vinhas afiadas e fortes que rapidamente rastejaram pelo chão, agarrando as pernas das criaturas restantes, enquanto Klaus avançava com sua espada. Ele atacava com precisão, cortando qualquer coisa que tentasse escapar das vinhas de Anya.
Crystal, por outro lado, elevou o nível. Ela fez o ar ao redor dela congelar em segundos, invocando lâminas de gelo translúcidas que flutuavam à sua volta. Com um gesto, elas foram lançadas como flechas contra Harya, algumas atingindo seu ombro e outras cortando o manto negro que a envolvia. Harya gritou em dor, mas sua determinação não vacilou.
Victórya entrou no momento perfeito, aproveitando a brecha deixada pelos ataques de Crystal. Ela estendeu as mãos, os olhos brilhando em um tom dourado. O chão tremeu violentamente, e espinhos de pedra surgiram, empurrando Harya para trás e quebrando sua concentração por alguns segundos.
Harya, porém, não era facilmente derrotada. Ela se ergueu novamente, sua aura sombria mais intensa do que antes. Com um gesto poderoso, ela uniu as sombras ao seu redor, formando uma lança gigantesca que parecia pulsar com energia negativa.
— Vocês acham que podem vencer? Vocês são nada além de crianças brincando com fogo! — Harya lançou a lança diretamente em direção ao grupo, a velocidade absurda.
Foi Heather quem reagiu mais rápido. Ela conjurou um escudo de fogo em forma de cúpula, que envolveu o grupo inteiro. O impacto foi tão forte que os jogou para trás, mas o escudo segurou.
— Tá quente aqui fora, Harya. Por que você não entra no clima? — Heather provocou, lançando uma explosão flamejante que colidiu contra Harya. A bruxa foi arremessada para longe, mas não por muito tempo.
Anya aproveitou o momento e conjurou uma enorme corrente de água. Ela girou o líquido com precisão, transformando-o em um dragão de água que avançou contra Harya com ferocidade. O ataque acertou, envolvendo Harya em um turbilhão.
A bruxa, enfurecida, explodiu as águas com uma onda de energia escura, mas não teve tempo de recuperar o controle. Victórya invocou raízes gigantescas que brotaram do solo e se entrelaçaram ao redor de Harya, segurando-a no lugar. Crystal congelou as raízes imediatamente, criando uma prisão resistente que impedia Harya de escapar.
— Ela está presa! Anya, agora é com você! — Crystal gritou, enquanto gotas de suor escorriam por seu rosto devido ao esforço.
Anya canalizou sua magia com tudo o que tinha. Ela estendeu as mãos e invocou uma esfera de água imensa, misturada com energia brilhante da natureza. As luzes dançavam dentro da esfera, refletindo como uma aurora. Mas quando ela estava prestes a lançar o golpe final, Harya rugiu.
Com um grito de pura raiva, Harya quebrou a prisão de gelo e raízes, explodindo em sombras que se espalharam como uma tempestade. Ela surgiu diante de Anya, golpeando-a com um ataque direto. O impacto foi tão forte que Anya foi arremessada para trás, caindo no chão.
Harya avançou, erguendo uma espada feita de pura escuridão. — Você não é nada, Anya! É o fim!
No instante em que Harya trouxe a espada para baixo, uma combinação de fogo, gelo e terra atingiu Harya em cheio, interrompendo seu ataque. Heather, Crystal e Victórya estavam unidas, suas magias combinadas criando um ataque devastador.
Heather sorriu. — Achou que ia roubar a cena sem a gente, Anya?
Anya se ergueu com a ajuda de Klaus, ofegante mas determinada. Agora, todas estavam prontas para o golpe final, juntas.
O confronto atingiu seu ápice. As sombras ao redor de Harya se intensificaram, ondulando como um furacão enquanto ela reunia tudo o que restava de sua magia sombria. Seus olhos brilharam com um vermelho intenso, e sua presença parecia sufocar o ar.
— Vocês acham que vencerão? Eu sou a Noiva das Sombras! Eu sou eterna! — Harya gritou, a voz ecoando como mil trovões.
Heather, com as mãos em chamas, deu um passo à frente, sem hesitar. — Sabe o que é eterno também? O gosto amargo da derrota. E, honestamente, você já tá atrasada pra sentir isso.
As meninas se alinharam, prontas para o ataque final. Anya liderava o grupo, a água e a energia da natureza pulsando ao seu redor como uma tempestade controlada. Crystal invocou pilares de gelo que se erguiam como lanças ao redor de Harya, forçando a bruxa a se desviar com dificuldade. Victórya usava sua magia da terra para moldar o campo, criando armadilhas que mantinham Harya sempre em desvantagem.
Harya, porém, não recuava. Com um gesto brusco, ela invocou um círculo de sombras que disparou em todas as direções. Heather saltou na frente do grupo, criando um escudo flamejante que absorveu parte do ataque, mas a força ainda as fez recuar.
— Ela é forte, mas já está cansada! — gritou Victórya, os olhos brilhando com energia dourada enquanto ela mantinha o chão estável sob seus pés.
Anya viu a oportunidade. Com um gesto preciso, ela invocou uma onda gigantesca de água que tomou a forma de uma serpente, brilhando com energia vital. A serpente de água avançou contra Harya, que tentou bloquear com uma barreira de sombras, mas a força do ataque a fez cambalear.
Crystal, sem perder tempo, congelou as sombras que restavam ao redor de Harya, prendendo a bruxa em uma prisão de gelo cristalino. Harya lutava para se libertar, mas as raízes invocadas por Victórya subiram do solo, entrelaçando-se ao redor do gelo e reforçando a prisão.
— Agora, juntas! — gritou Anya, sua voz firme e repleta de poder.
Heather liderou o ataque inicial. Uma onda de chamas em forma de fênix se lançou em direção a Harya, explodindo contra o gelo e as raízes, mas deixando a prisão intacta.
Crystal ampliou o golpe com uma tempestade de granizo e lanças de gelo que reforçavam a prisão, enquanto Victórya usava toda sua energia para erguer pilares de pedra que cercavam a bruxa, impossibilitando qualquer fuga.
No centro de tudo, Anya reuniu sua força final. A energia da natureza e da água se fundiu em uma esfera radiante em suas mãos, pulsando com uma luz verde-azulada que parecia vibrar com a vida ao seu redor.
Harya rugiu, seu poder sombrio ainda tentando romper a prisão. — Vocês não podem me deter! Eu sou mais forte do que vocês juntas!
— Isso é o que você acha — respondeu Anya, erguendo a esfera acima de sua cabeça.
As meninas uniram suas energias à de Anya. Heather canalizou suas chamas para a esfera, Victórya adicionou o poder da terra e Crystal envolveu tudo com gelo. A esfera brilhou intensamente, transformando-se em uma força destruidora de equilíbrio perfeito.
Anya lançou o golpe com toda a sua força. A esfera se desfez em um feixe de luz colossal que atingiu Harya diretamente. As sombras ao redor da bruxa foram desintegradas, e sua figura começou a se fragmentar, como vidro rachando sob pressão.
— Não! Não pode terminar assim! Eu sou eterna! — gritou Harya, enquanto sua voz começava a desaparecer.
A explosão final foi avassaladora. Um turbilhão de luz, fogo, gelo e energia da terra consumiu Harya, apagando suas sombras por completo. Quando o brilho se dissipou, tudo o que restava era um silêncio profundo, e o campo voltou a ser banhado pela luz do luar.
As meninas caíram de joelhos, exaustas, mas triunfantes. Anya olhou ao redor, sua respiração pesada, mas um sorriso aliviado surgia em seu rosto.
Heather, ainda tentando recuperar o fôlego, olhou para o espaço vazio onde Harya estivera. — Bem, acho que isso foi dramático o suficiente pra uma vitória.
Crystal riu, embora com dificuldade. — Isso foi... insano.
Victórya colocou a mão no ombro de Anya. — Conseguimos. Juntas, conseguimos.
Anya assentiu, mas algo ainda a incomodava. O campo estava quieto demais. Ela olhou para o céu, sentindo uma leve brisa. A sensação de que algo maior ainda estava por vir não a deixava.
— Isso foi só o começo — disse Anya, olhando para as amigas com determinação. — Mas agora sabemos que nada pode nos parar.
E, ao longe, o primeiro raio de sol rompeu o horizonte, iluminando o campo onde o grupo se encontrava, unidos como nunca.
Indíce
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