Stories - Parte 1: Rainy Days [5]
"Ela tem um lindo sorriso que disfarça o veneno que ela esconde"
Quatro messes antes...
Desde a primeira vez que Nathan pôs os olhos em Sarah, ele soube que de alguma forma eles eram iguais.
Ele era um garoto simples. Estudou a vida inteira numa escola rural com um pouco mais de cinquenta alunos, todos jovens como ele: humildes, criados em pequenos sítios de agricultura familiar, até que Nathan ganhou notoriedade por causa da feira de ciências da escola. Seu projeto sobre o uso da tecnologia no agronegócio e na agricultura saiu na primeira página do jornal local e assim acabou chamando a atenção de grandes produtores agrícolas do município que ofereceram uma bolsa de estudos integral em uma escola particular em troca de suas ideias inovadoras.
Foi assim que aquele pré adolescente tímido e com poucas experiências de vida chegou ao Floriano Peixoto, uma escola onde só no fundamental Ⅱ, onde ele foi matriculado, haviam 300 alunos. E isso o assustou muito.
Tentando não aparentar um alienígena chegando num planeta desconhecido, Nathan respirou fundo e seguiu um grupo de estudantes usando o blusão de moletom com o brasão da escola até a sala indicada. Todo mundo pendurava os casacos no gancho então ele os imitou. Sentou numa cadeira vazia no fundo da sala e esperou a aula começar.
Foi quando se deu conta da garota loira com a cabeça virada para trás, encarando-o. Tinha olhos azuis penetrantes, que assustavam um pouco, e por algum motivo Nathan gostou disso. Ninguém nunca o encarou com tanto afinco quanto essa menina. Ela movia os lábios como se dissesse alguma coisa que não dava para identificar.
— O nome dela é Sarah - informou o colega sentado ao lado ao reparar na troca de olhares. Ele se curvou para alertá-lo: — O que ela tem de linda tem de doida. Tá vendo ela falar sozinha? Essa aí tem um parafuso a menos. - concluiu sua frase dando risada.
Nathan nunca deu importância a fofocas, por isso sequer deu atenção para o garoto continuar falando. Seu objetivo ali era estudar e não falar da vida de ninguém. Quando a professora entrou na sala todos ficaram quietos e calados e a tal menina, Sarah, passou a aula inteira rabiscando a mesa onde estava. Ela não voltou a virar a cabeça para trás.
O mesmo garoto falastrão acompanhou Nathan no intervalo.
— No ano passado ela e eu estudávamos na mesma turma e nunca vi a louca conversando com ninguém. Sabe ninguém? Ninguém! Quer dizer, a não ser o Daniel, que é irmão dela e o Dimas, que é o cara que sempre anda com eles. Ouvi dizer que ela passou um tempo internada num hospital de doidos. Vai por mim, é melhor ficar longe.
Nathan deu uma mordida no sanduíche de presunto e queijo que trouxe de casa e desviou o olhar para fora do refeitório. Desligando-se da falação do garoto cujo nome não lembrava. Por todo lado havia jardins com árvores e arbustos. Não parecia em nada com a sua antiga escola onde o único verde eram os das pichações nas paredes de concreto. As plantas e o verde do Floriano davam uma vontade a mais de ficar na escola.
Enquanto contemplava distraído a paisagem, um movimento chamou sua atenção. No jardim, dois garotos altos que aparentavam ser um pouco mais velhos caçoavam de Sarah. Naquele momento Nathan se viu em dúvida de como agir. Nunca havia brigado na vida, mas não podia deixar praticarem bullying com uma menina indefesa, então se limitou a continuar encarando à espera de que mais alguém visse o que estava acontecendo na grama. Foi quando se deu conta que estava enganado.
O maior deles tinha cabelos dourados e olhos azuis, e era o que mais perturbava Sarah e embora num primeiro momento ela parecesse chateada também ria para ele. Um sorriso discreto e bonito. O garoto grande a agarrou pelos ombros em um abraço de urso. Mesmo sorrindo ele tinha um jeitão que intimidava um pouco. Em contrapartida o garoto negro que os acompanhava tinha um eterno sorriso estampado nos labios, e parecia o tipo de cara que faz amizade fácil. Os dois davam risadas completamente alheios aos olhares ao redor. Como se estivessem acostumados a ter a atenção das demais pessoas.
Após mostrar o dedo do meio para a dupla de pentelhos, Sarah se virou diretamente para Nathan como se tivesse escutado chamar o seu nome, e o encarou. No mesmo segundo, ele desviou o olhar. Tinha curiosidade sobre aquela menina. Seus olhos azuis melancólicos, o semblante que disfarçava o que realmente sentia, pareciam exercer algum tipo de magnetismo.
E mais uma vez foi alertado pelo gordinho que disse que pessoas como aquelas são inalcançáveis para simples nerds como eles. E ao vê-los dia após dia, Nathan acabou convencendo-se de que o seu novo colega estava certo, embora toda vez que se distraía na aula de matemática com a visão das mechas douradas sendo enroladas nos dedos longos e finos de Sarah, ele se perguntasse se seria rejeitado se tomasse coragem para falar com ela.
Um mês e meio após o início do ano letivo, Nathan conheceu Dimas.
O vento açoitava gotas de chuva, e ele correu pelo passadiço até a biblioteca. Precisava fazer as atividades dos colegas, era assim que ganhava dinheiro, afinal sua família não estava bem financeiramente. De imediato reconheceu o garoto de pele escura e cabelos cacheados diante do balcão procurando alguma coisa na calça de tactel.
— Certeza que tava aqui, meu! - ele repetia. — Espera aí dois palito, que eu sei que tá aqui!
Nathan foi até a mesa e colocou o caderno no balcão.
— Mais trabalhos Nathan? - ele passava tanto tempo ali que a bibliotecária ruiva e grandalhona de óculos decorou seu nome.
— Parece que há um consenso entre os professores para não deixar ninguém com tempo livre - respondeu ele, meio sem jeito. Não queria que descobrissem sobre seu esquema.
— Pode crer, vey! - Dimas concordou, balançando a cabeça. — Que semana intensa bixo! - ele se virou pro Nathan enquanto falava.
— Nem me fale. - Nathan entregou a carteirinha para a bibliotecária e ela liberou a catraca. Ao invés de passar fingiu procurar algo na bolsa tipo carteiro.
— Libera aê preu passar, tia! - Dimas apoiou as duas mãos no balcão e encarou a mulher com olhos suplicantes.
— Você precisa de uma dessas - ela falou, irredutível, mostrando o objeto retangular de plástico com a foto do Nathan.
— Faz mó cota que estudo aqui. Tu sabe quem eu sô! - o moreno insistiu.
— Você conhece as regras, Dimas. Como vou registrar algum livro que você pegar sem seu código de aluno?
— Eu num vou ler - falou rindo como se achasse graça naquela suposição. — Só quero matar o tempo até o jogo! - haveria uma grande partida de basquete na ala do ensino médio, pelo menos foi o que Nathan ouviu alguns alunos comentando pelos corredores.
— Se ele pegar algum livro pode botar no meu nome - Nathan intrometeu-se. Ele se enrijeceu quando a bibliotecária e Dimas viraram-se lentamente para encará-lo.
— Tem certeza? - a ruivona o encarou por cima dos óculos.
Nathan fez que sim com a cabeça e quando deu por si estava andando entre as mesas da biblioteca na companhia daquele garoto que falava gírias. Logo percebeu que Dimas é daquele tipo de pessoa que sempre tem o que falar. Engatando um assunto aleatório atrás do outro.
— Tu é novato, né? - Dimas perguntou depois de fazer uma imitação do professor de geografia, Antônio, com suas calças até o umbigo e a escoliose. Nathan nunca tinha rido tanto.
— Eu vim de um colégio do povoado. Moro na zona rural da cidade. - não sabia porque ficou constrangido ao falar onde morava, tinha contado aos garotos do clube de xadrez sem a menor dificuldade.
— Tipo num sítio? Aqueles com vaca e tals?
— Hoje em dia a gente não tem mais vacas. Só produtos horti fruti granjeiros e um cavalo.
— Daora. - e alguma coisa nele fez Nathan acreditar que estava sendo sincero.
Depois de mais ou menos uma hora na biblioteca, Dimas ficou de pé e fez Nathan abandonar os deveres de casa para ir assistir ao jogo.
Normalmente, Nathan é tímido demais para frequentar eventos esportivos, mas Dimas conseguia ser persuasivo dando a entender que seria divertido e que ele estava se preocupando à toa. Além disso, uma voz ecoava na cabeça dele, dizendo que era sua oportunidade de ser alguém diferente. Estava cansado de só observar as pessoas fazendo coisas divertidas, ele também queria se divertir. Quando chegasse em casa teria todo o tempo do mundo para terminar os trabalhos escolares.
O ginásio no ensino médio era muito maior do que no fundamental e estava lotado. O jogo tinha começado só que a maioria dos adolescentes mais velhos ao invés de assistir estavam namorando, ou aos cochichos de mãos dadas.
— O meu mano, o Daniel, é o melhor jogador desse colégio! - Dimas tagarelava enquanto eles procuravam cadeiras vagas. — O moleque só tem treze anos e já entrou pra equipe principal. Diz aí se o cara é ou num é foda!
— Também tenho treze anos - “e minha foto saiu no jornal por algo muito mais importante do que basquete”, Nathan pensou, mas manteve suas opiniões omitidas. Afinal estava mais do que nítido que ciência não era considerado tão legal quanto ficar correndo atrás de uma bola cor de laranja dentro de uma quadra.
Pela primeira vez desde que se trombaram na biblioteca, Dimas olhou para ele com atenção, deixando Nathan envergonhado por causa do seu uniforme de segunda mão.
— Eu tenho 15 — Dimas apontou pra si mesmo. — Era pra eu tá no ensino médio, mas repeti de ano - concluiu quando pegaram um lugar na arquibancada.
— Ah - foi mais um barulho de garganta do que uma resposta. Nathan olhou em volta reparando que Dimas parecia ser a única pessoa que realmente assistia ao jogo. — Espero que dê certo pra você passar esse ano.
— Mano, que vacilo seu burro! - o moreno gritou sem prestar atenção no que o outro falou.Em determinado momento Sarah chegou de mãos dadas com uma menina. Não disse nada, apenas pegou o lugar vago onde tinham colocado as mochilas.
— Esse é o Nathan, ele é daora. - Dimas falou apontando com o polegar. — Num dá uma de otária.
— A gente se conhece. Estudamos na mesma turma — disse Sarah com indiferença, após um olhar breve. — Essa é a Samantha. — Sarah gesticulou para a garota que estava com ela.
— Oi — a tal Samantha sorriu, acenando. Ela tinha dentes pequenos e usava maquiagem preta nos olhos.
Nathan estava tenso demais com aquela chegada repentina para conseguir formar frases coerentes, então se limitou a dar um sorriso nervoso tentando não encarar as meninas se acariciando uma na mão da outra. Desviou o olhar para a quadra e se concentrou naquele esporte do qual não entendia nada.
Só que inconscientemente seu olhar sempre acabava vagando até Sarah. Seus fios dourados sob as luzes dos refletores. Seu perfil marcante. Aquele mesmo sorriso do primeiro dia que a observou de longe formou-se nos lábios dela quando o flagrou encarando. Nathan virou o rosto. Mas conforme os segundos se passavam Sarah continuava virada para ele então decidiu sustentar o olhar penetrante que ela lhe lançava.
Continuaram nesse jogo de encaradas e desvios de olhares até o final da partida, apesar de Sarah estar de mãos dadas com outra pessoa. Depois, Nathan descobriu que as duas meninas não tinham compromisso sério, pois na saída do ginásio, Samantha estava com outra garota. Sarah nem pareceu se importar. Ela era como uma muralha de gelo.
Os atletas foram os últimos a sair e quando Daniel apareceu estava na companhia de uma menina de pele leitosa e cabelos castanhos ondulados. Quando falava com ela, Daniel parecia mais enérgico e carinhoso do que das outras vezes que o viu por aí.
— A Lis é a garota do mano. Eles se gostam, mas ela é complicada - Dimas cochichou enquanto andavam até a dupla. Ele estava adorando dar um de “guia turístico” mostrando tudo sobre o mundo deles para o novato.
Nathan balançou a cabeça. Não foi dito, mas entendeu que podia mexer com qualquer outra garota menos aquela. Felizmente não precisava se preocupar com isso, tinha entrado em um relacionamento recentemente. Sua antiga colega de turma e agora namorada Helô, era legal, e Nathan gostava dela, mas pra ser sincero o que ele gostava de verdade era o fato de uma menina deixar que ele a beijasse.
— Aê, Lis! Veio ver o mano jogar! - disse Dimas em tom brincalhão, catucando a menina nas costelas. — Curtiu? Curtiu?
— Eí! - Lis disse entre risadinhas, tentando esquivar-se. — Ele joga muito bem, isso todos nós sabemos. - ela olhou para Daniel no final da frase e o garoto de cabelos dourados fez uma expressão de convencido.
— Ihhh, já pode escolher o sabor!
— Que sabor??? - perguntou rindo.
— Do bolo de casamento de vocês!
— Que?!?!?! - Lis quase gritou. Sua reação exagerada pareceu irritar Sarah que revirou os olhos numa respirada funda e impaciente.
— Esse magrelo só fala besteira! - foi a resposta de Daniel vendo o rosto vermelho da amiga de infância. Nathan estava pensando nos deveres de casa quando Lis falou com ele.— Tá gostando do clube de xadrez, Nathanael? - ela falou.
— É, tô gostando. - respondeu surpreso por ela saber seu nome. Eles sempre se cruzavam na biblioteca, mas nunca trocavam uma só palavra. — E pode me chamar de Nathan.
— Que bom que você tá se adaptando bem a escola - ela sorriu simpática. E Nathan escolheu não prolongar o assunto porque o olhar matador de Daniel pra ele agora era intimidante.
— Quer ir no prensado com nóis? - Dimas interveio.
— Ahh, a mamãe tá vindo me buscar. Mesmo assim obrigada pelo convite. - mesmo recusando ela pareceu realmente feliz por ter sido convidada.
— Que é isso man, recusando o chamado pra amassar um dogão no capricho!
— É que…
— Ela não quer ir, pronto! Dá pra agilizar isso?! - falou Sarah, demonstrando algum tipo de sentimento pela primeira vez. E a reação dela deixou Lis ainda mais retraída.
— Desculpa, eu tô prendendo vocês aqui — parecia que Lis queria arrancar toda a pele ao redor das unhas.
— Não tá não! - à mão de Daniel voou até o ombro dela. — A minha irmãzinha que é chatona mesmo. — ele lançou um olhar irritado e Sarah nem se importou.
— Mesmo assim a minha mãe já chegou - assinalou para o portão. — Tchau, tchau!Daniel ficou olhando enquanto ela corria, seus cabelos castanhos escuros ondulando nas costas.
— Pô, Sarinha. Num precisava falar daquele jeito com a menina. - Dimas parecia nunca se irritar com nada.
— Não disse nada demais e não te dei intimidade pra me chamar desse jeito. - rebateu ela. Sarah cruzou os braços, virando o rosto.
— Quem é esse cara? - Daniel apontou para o Nathan. Ele fazia uma coisa com as sobrancelhas que o fazia parecer ameaçador.
— É o Nathan, pô - e lá foi Dimas dar um de anfitrião fazendo as apresentações. — Nóis se conheceu na biblioteca. Ele é firmeza.
O garoto de cabelos dourados e olhos azuis ajeitou a mochila no ombro.
— Se você tá dizendo. Vamos embora daqui, tô com fome! — disse. A barraquinha de cachorro quente ficava na praça da igreja diante da escola e Daniel pediu um dog completo para cada um, e quando o lanche chegou contou que um dos veteranos do time, um tal de Marcus Dell Greco, não saia do pé dele. — O cara fica enchendo o meu saco o tempo todo! Dizendo que eu sou o tipo dele!
— Vai entrar para o lado bi da força, irmãozinho? - Sarah perguntou, abrindo o refrigerante que compraram.
— Essa honra deixo apenas para você, bonitona. - foi a resposta de Daniel no mesmo tom de brincadeira usado por ela.
— E esse cara tá querendo te pegar? - Dimas perguntou com a boca cheia. Tinha purê no canto da boca.
— E eu sei lá! - ele olhou para o Nathan que até agora apenas ouviu a conversa sem participar. — E tu cara?
— Eu não sou gay - Nathan respondeu imediatamente. Dimas riu espalhando milho, ervilha e batata palha por cima da mesa de plástico.
— Você não sabe comer? - Sarah fez cara de nojo.
— Sei pô. Sei até usar aqueles palito de comer sushi, foi aquela morena do teu curso de artes que me ensinou. A gente se divertiu nesse rolê aleatório.
— Ah tá bom, você quer que eu acredite que ela ficou com você? - riu.
— Cê tá afim dela?
— Não interessa! Eu sei que você não pegou ela! - insistiu. Nesse momento chegou um grupo grande, todos usando camisa de futebol. A televisão na parede em cima de uma mesa transmitia o jogo.
— Se tu num quer acreditar, problema teu. Num deixa de ser verdade. - ele riu.
Daniel revirou os olhos para os dois e voltou a se concentrar no Nathan.
— Quero saber qual é a tua, doido - falou.
— Ele mora numa fazenda - Dimas contou. Apontou para o Nathan — E fez um projeto de… De quê mesmo?
— Uso da tecnologia no agronegócio - Nathan respondeu. Sarah estava encarando então ele ficou um pouco nervoso. — Ganhei uma bolsa de estudos por causa desse trabalho.
— E da onde você conhece a Lis? — Daniel parecia avaliá-lo. Uma palavra errada e ele estaria fora antes mesmo de entrar para o grupo de verdade.
— Hoje foi a primeira vez que falei com ela. Eu juro. - Nathan garantiu.
— Ele é legal, pô. Confia. — garantiu Dimas antes de uma enorme mordida. E para a sorte do Nathan, Daniel confiava no julgamento do Dimas sobre as pessoas e decidiu dar uma chance a ele.
Enquanto engatavam em um novo assunto, Sarah ficou encarando o Nathan abertamente. Seus olhos brilhavam como duas chamas acesas no escuro quando olhava para ele. Nathan acreditava que devia ser fiel a sua namorada, afinal, ela foi a primeira garota a demonstrar interesse genuíno nele. Mas verdade seja dita. Desde que pôs os olhos em Sarah não conseguia mais parar de pensar nela. De todas as garotas naquela escola foi justamente a mais enigmática que o atraiu.
Talvez porque ele mesmo fosse quebrado por dentro. Helô era ótima, cheia de vida e sonhos que talvez se tornassem reais algum dia, ela nunca saberia como é correr com medo pelo campo a noite porque o pai bêbado está com uma arma, ameaçando atirar em quem encontrasse primeiro. Ou como era se sentir impotente ouvindo sua mãe apanhar no quarto ao lado.
Nathan foi destruído por um pai abusivo e uma mãe borderline, e o olhar de Sarah não deixava dúvidas de que também escondia um segredo sombrio. No fim das contas não importa, o que o atraiu a ela. Nathan gostava dela. Gostava mais do que de Helô. Mas se sentia culpado, portanto decidiu ficar na dele.
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